Na atual conjuntura, a proposta de fazer uma análise sobre
as imagens associadas as palavras PROFESSOR, ALUNO, ESCOLA que aparecem ao
realizarmos uma busca simples através de um mecanismo de busca qualquer (ex.
Google) me pareceu um proposta muito interessante. Há tempo venho me dedicando
a algumas leituras sobre representação, imagem e imaginário, não exatamente em
torno dos elementos acima mas de certa forma com o mesmo objetivo do que fora
proposto agora: compreender o que se associa ao real.
Com o avanço tecnológico, o indivíduo encontra rapidamente informação, todavia
há um caminho a ser percorrido até fazer desta informação conhecimento. Neste
sentido, concordo com NÉRICI (1993): educação é o processo que visa a
revelar e a desenvolver as potencialidades do indivíduo em contato com a
realidade, a fim de levá-lo a atuar na mesma de maneira consciente (com
conhecimento), eficiente (com tecnologia) e responsável (eticamente) a fim de
serem atendidas as necessidades e aspirações da criatura humana, de natureza
pessoal, social e transcendental. Vê-se
logicamente que não se trata de um processo simples, principalmente nos
dias atuais que trazem inovações a cada minuto.
Ser professor no tempo presente é desafiador. Há uma série de questões
socioculturais imperativas em torno do até de ensinar e aprender, questões que
interferem cotidianamente (violência, formação, desinteresse, salários...) mas
há ainda a imagem construída e divulgada
em torno do triângulo formado por escola, aluno, professor. Ao avaliar as
imagens que logo surgem de uma busca na internet pude perceber que os
estudantes são apresentados como sujeitos cheios de dúvidas, noutras aparecem
debruçados em livros como se tudo fosse muito cansativo e difícil ou, em
outras, pessoas atentas, usando equipamentos eletrônicos como tablets,
computadores etc.. Quando a busca foi pelo termo escola apareceram muitas
imagens em forma de desenhos onde alunos e professores são personagens, a
maioria mostrava locais alegras, coloridos ou totalmente o oposto, escolas
quebradas e sujas, um ambiente ultrapassado. E por fim, ao pesquisar as imagens
associadas ao professor pude perceber que boa parte deles mostram um homem ou
uma mulher sempre próximos a um quadro onde há muitas coisas escritas, quando
há professores e alunos juntos vê-se um clima muito agradável e de cooperação,
ao menos nas primeiras imagens sugeridas na busca.
Assim, alguns aspectos pareceu-me no mínimo curiosos: não há nas imagens
inicialmente apresentadas professores usando equipamentos como um tablete, por
exemplo. A escola e os alunos são aparentemente tranquilos e este últimos estão
sempre sorrido ou com um olhar de atenção e interesse. Vale a pena pensar sobre
tudo isso!
NÉRICI,
Imídio G. Didática do Ensino Superior. São Paulo: Ibrasa, 1993.
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